Nos últimos anos, o termo arquétipo popularizou-se bastante nas redes sociais, seja devido ao marketing ou pelos criadores de conteúdo de desenvolvimento pessoal e relacionamentos.
Mas afinal, você sabe o que é um arquétipo e quais são? No artigo de hoje, você entenderá o que é, a origem e como utilizá-los dentro de suas estratégias de marketing.
O que é e quem criou o arquétipo?
O arquétipo é uma criação do psicoterapeuta Carl Jung que também é conhecido como o fundador da psicologia analítica e criou o conceito de inconsciente coletivo.
Segundo Jung, esse termo é uma junção de materiais, passados de geração em geração e que têm traços comuns com todas as pessoas.
O autor ainda dizia que os arquétipos são as motivações mais básicas de cada indivíduo, que representam traços de personalidade, premissas, valores e crenças divididas em doze modalidades.
Para Jung, os arquétipos foram muito importantes para a evolução do ser humano ao longo da história. Além disso, eles são essenciais no marketing para gerar conexão e emoções.
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O arquétipo das marcas
Quando as marcas conseguem capturar o significado da sua categoria e transmiti-la de forma consciente e real, elas conectam-se profundamente com as pessoas e com os arquétipos que existem dentro de cada pessoa.
No marketing, isso não se trata apenas de escolher imagens ou símbolos arquetípicos sobre a marca, produto ou serviço, mas sim uma forma de se posicionar.
Com o tempo, a marca assume esse próprio significado. Ela torna-se o próprio arquétipo, como, por exemplo, a Apple, que possui o arquétipo do criador, afinal, ela está sempre a um passo à frente quando o assunto é criar produtos inovadores.
Mas afinal, quais arquétipos existem?
São doze: o Amante, o Bobo da Corte, o Inocente, o Sábio, o Criador, o Fora da lei, o Cuidador, o Herói, o Governante, o Mago, a Pessoa Comum e o Explorador.
Vamos aprofundar cada um deles?
O Amante
Embora o nome automaticamente remete ao romance, a marca que usa esse arquétipo está ligada à personalização. Ela entrega ao cliente algo que desperta o prazer.
Os seus produtos dão um ar de ousadia, intimidade, sensualidade e querem mostrar que são consumidos por um número limitado de pessoas, pois quer dar o sentimento de exclusividade.
As marcas que o utilizam são a Chanel e o Magnum.
O Bobo da Corte
Quer passar a ideia de diversão, de ser engraçado, divertido e acessível. Faz graça de si mesmo e quer dar a ideia de que a vida é simples, basta vivê-la.
Quem utiliza o Bobo quer conquistar pessoas que são aceitas independente de quem são e tem o objetivo de se aproximar do maior número de pessoas possível.
As marcas que a utilizam são Bis e M&M.
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Inocente
Ele é marcado pela autenticidade, por ter uma visão otimista da vida, anseia por segurança e encontra a felicidade em coisas simples da vida.
Além disso, enxerga a vida de uma maneira simples e ainda acredita que as soluções podem ser encontradas quando lidamos com as coisas de uma maneira descomplicada.
Quem utiliza muito esse arquétipo são marcas como a Coca-Cola, Nintendo e Dove, pois o lema dessas empresas é uma espécie de “Somos livres para ser você e eu”.
O Sábio
É uma fonte de sabedoria e a sua marca é compartilhar conhecimento para chegar nos lugares que deseja alcançar. Também é marcado por valorizar o ato de pensar.
Quer sempre deixar grandes lições e preza por estar por dentro das últimas tendências, estudos e materiais que possam melhorar o entendimento sobre assuntos diversos.
Quem é muito marcado pelo Sábio é o TEDx.
O Criador
Adora criar novos projetos, é engenhoso, tem traços artísticos e seu sonho é deixar a sua marca no mundo, como também gosta de compartilhar ideias.
Outra característica marcante é atrair pessoas que querem acreditar em algo maior do que elas. Exerce autoridade e estrutura a experiência em estilo artístico.
Duas empresas que usam esse arquétipo são a Adobe e o Lego.
Fora da Lei
Tem um espírito de bad boy e é conhecido pela rebeldia, é inquieto e quer sempre quebrar barreiras do cotidiano. Possui uma forte sensação de incômodo em relação à sociedade, tradições e burocracia. Quer revolucionar tudo o que está ao seu alcance.
Quem usa muito esse arquétipo são a Harley-Davidson e a Diesel.
O Cuidador
Empresas que utilizam O Cuidador mostram empatia e querem ajudar e proteger os seus clientes. A sua mensagem tende a ser muito positiva e exaltará uma aura de altruísmo.
Geralmente, as ONGs, como o Médio sem Fronteiras, comunicam-se com o público dessa forma.
O Herói
Quer mudar o mudo, é muito produtivo e esforçado. As empresas vão querer mostrar que salvarão a vida dos clientes das dificuldades da vida.
É entusiasta, energético, bravo, ambicioso, apaixonado e determinado, e utilizado por marcas como Nike e Gatorade.
O Governante
É um líder nato e apela para a vontade de ter poder. É carismático, persuasivo e se sente confortável no meio de grandes multidões.
Cria-se uma comunidade em torno do produto ou serviço da marca e é utilizada por empresas como a Microsoft e a Johnnie Walker.
O Mago
Seu pilar é a transformação da realidade e do senso comum. Acredita que somos limitados pela imaginação e pelas leis da realidade,
É corajoso, inovador e cria ideias disruptivas, que muitos acham que são “loucas”. É usado por marcas como Mastercard e Red Bull.
Pessoa Comum
Quer inserir-se na sociedade e comunica que não há problemas em ser um “cara” comum. Vê a rotina com naturalidade e não se importa em ser mais um na sociedade.
Tem um grande desejo de pertencimento, acredita que a eficiência é alcançada de forma prática e é usado por empresas como a Visa e a Nivea.
Explorador
Gosta de experiências ao ar livre e explorar o desconhecido. Deseja liberdade para descobrir quem é e explorar o mundo. Tem como meta experimentar uma vida mais gratificante.
Não se prende às tradições sociais e quer se desprender do tédio do dia a dia. É utilizado por empresas como Land Rover e Discovery Channel.
Como aprender mais sobre os arquétipos de marca?
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